Os 3 tipos de médiuns psicógrafos


Créditos: Irmão Fernando Rossit
Kardec Rio Preto

Psicografia é uma faculdade que permite a certos médiuns escreverem sob a ação de Espíritos. Quem a possui é chamado de médium psicógrafo ou escrevente.

É a faculdade mediúnica mais suscetível de ser desenvolvida pelo exercício. Além disso, é o meio de comunicação com os Espíritos mais simples, mais cômodo e mais completo.

O fato da mensagem ser escrita permite que façamos um estudo mais cuidadoso, analisando o conteúdo transmitido, o estilo, as ideias contidas no texto escrito.

Além disso, em alguns casos, podemos até identificar o autor pela letra ou assinatura.

Existem 3 tipos de médiuns psicógrafos:

-mecânicos: São raros. Nesse caso, o Espírito atua diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. Independe da vontade do médium e ele nem toma consciência do que está escrevendo. Na nossa Casa Espírita (Kardec) conhecemos dois médiuns psicógrafos mecânicos. Algumas vezes eles escrevem com as duas mãos e de trás para a frente (da direita para a esquerda), sem nenhuma consciência do conteúdo das mensagens. Somente após o término da comunicação é que se torna possível saber o que foi escrito. Quando escrevem com as duas mãos, são dois Espíritos que se comunicam simultaneamente – prova inconteste de que os Espíritos atuam diretamente sobre suas mãos, sem passar por sua mente (alma).

-intuitivo: São muito comuns. O Espírito comunicante atua sobre a alma do médium, identifica-se com ela e lhe transmite suas ideias. De posse do pensamento o médium se expressa conforme suas condições intelectuais e morais. Nesse caso, o médium funciona como um verdadeiro interprete do Espírito comunicante e toma conhecimento do que o Espírito quer escrever.

São comuns, também, os Médiuns psicógrafos semi-mecânicos. O Espírito também atua na mão do médium (como no caso dos mecânicos) dando algum impulso, mas o médium não perde o controle da mão e se escreve o faz porque quer. Tem consciência do que escreve na medida que as palavras vão sendo escritas. É um misto de psicografia mecânica e intuitiva.

Considerando que o médium é um interprete do Espírito, este, quando quer escrever, tende a procurar o “interprete” mais apto para expressar seus pensamentos, de sorte a permitir que a mensagem que ele quer passar não sofra alterações.

Ocorre o mesmo entre nós, os encarnados. Se você estivesse na Rússia e quisesse se comunicar com as pessoas de lá e tivesse à disposição, por exemplo, dois interpretes, procuraria aquele mais apto a transmitir sua fala. Se dentre os dois interpretes, você reconhecesse num deles deficiências, isto é, falta de domínio das línguas russa e portuguesa, o descartaria, pois não teria confiança na interpretação e reprodução de sua fala.

Assim acontece com os Espíritos que desejam se comunicar conosco: sempre procuram o médium mais apto a fazê-lo. Somente quando não encontram é que se utilizam daquele que se apresente com boa vontade, embora as limitações próprias.

Bibliografia de apoio:
-O Livro dos Médiuns-Allan Kardec
-Mediunidade: Therezinha de Oliveira


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